Imagine um ser dotado de todas as perfeições em seu grau máximo. Chame esse ser de deus.


Esse ser existe na sua imaginação.


Mas existir na realidade é um grau de perfeição superior a existir apenas na imaginação.
Logo, se o ser que você imaginou tem todas as perfeições num grau máximo, então Deus existe na realidade.


O argumento ontológico é curioso porque quanto mais se pensa nele, mais tolo ele parece -- e mais difícil fica determinar exatamente onde a tolice está. Este é o paradoxo deste inicio de final de semana.


E porque não sai o hino da Internacional da minha cabeça desde a Conferência Estadual da Articulação de Esquerda.


Iniciemos o final de semana assim:


De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.