Sabe como esconder uma nota de cem dólares de um médico?

Você vai depender da especialidade dele para ter sucesso. 
Vejamos:
Como se escondem 100 dólares de um anestesista? No paciente.
E de um ortopedista? Num livro de medicina. 
De um clínico(principalmente se for de PSF), não precisa esconder porque ele nunca viu e não sabe o que é. 
E de um cirurgião-plástico? Impossível, ele vai achar de qualquer jeito!
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Música Paradoxal


Os Nouvelle Vague são um colectivo musical francês, cujos produtores são Marc Collin e Olivier Libaux. O nome deriva de um jogo de palavras que se refere simultaneamente à cultura Francesa dos envolvidos e ao movimento artístico do cinema francês dos anos 60. As suas músicas são essencialmente covers de músicas punk e new wave dos anos 80, misturadas com um cheirinho de bossa nova.

Desde a primeira vez que tive a felicidade de ouvir os sons desde grupo que me apercebi da existência de algo mágico, com a capacidade de recriar novos mundos estéticos, sem no entanto perder a essência das canções originais.

Escolhi uma música que ultimamente mexe comigo de uma forma paradoxal; uma música que acompanha o espírito em momentos extremos, de felicidade e tristeza, de melancolia e êxtase... e que bem que sabe.


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Banda de outros tempos!

Gosto muito de Terry Reid, músico que foi cotado por Jimmy Page, antes do Robert Plant, para fazer parte do Led Zeppelin, a maior banda que o mundo já viu. Inclusive, quem indicou o "Roberto Samambaia" para o "Jeremias Página" foi o próprio Terry Reid.

Mais do que ser simplesmente um músico criativo, capaz de criar belas canções originais e versões de tirar o fôlego, com uma potência vocal invejável e grande habilidade na guitarra, Terry Reid era perfeito em seus shows ao vivo. Segue abaixo um registro de sua apresentação no Festival de Glastonbury de 1971, um dos últimos grandes festivais da época




Disse e repito: queria ter nascido nos anos 50 para ter vinte anos nos anos 70... Ai, ai...
Tenho um saudosismo (não vivido) desenfreado dessa época.

Mas, como uma ex-namorada certa vez me disse, o problema (se é que é problema) concerteza eu não passaria dos 30!! ahhaha SEXO, DROGAS e ROCKKKKKKKK
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fonte:http://joeysalgado.blogspot.com/

Saúde X Doença, resultado Tecnico ou Prático

Hoje deveria estar estudante para um exame da faculdade, mas ao ler algumas criticas sobre os gasttos do SUS com métodos “alternativos” de tratamento(como homeopatia e acupuntura) fiquei instigado a escrever um textinho sobre alguns aspectos da saúde e da doença que pertencem a universos distintos.
Longe de defender o governo quanto a algumas políticas de saúde adotadas, e de defender tais práticas "alternativas" sobre as quais confesso minha ignorância, acho que chamar esse tipo de atitude de desonestidade intelectual é "pegar um pouco pesado". Em particular, pelo fato de que, , há uma confusão conceitual entre saúde e doença na base desse raciocínio.

(Antes de mais nada, ninguém perguntou aos pacientes submetidos a esses programas se eles sentiram melhor ou não. Era a primeira coisa a ser feita antes de qualquer tipo de crítica. O acolhimento que determinadas práticas dentro de um contexto do "cuidado em saúde", proporcionam é, por si mesmo, terapêutico. Pelo que pude apurar (informalmente), houve aumento dos gastos em decorrência do aumento enorme das solicitações desse tipo de programa. Ver o outro lado é fundamental.)

Mas façamos um exercício - como Zé Ricardo Ayres fez - para tentarmos aumentar nossa compreensão sobre o binômio saúde-doença. Se perguntarmos a um grupo de pessoas "você se sente saudável?" quantos responderiam "sim", quantos "não" e quantos não saberiam dizer, é difícil de estimar. Se, por outro lado, perguntássemos "você está doente?" as respostas seriam presumivelmente mais uniformes. A ideia aqui será demonstrar que saúde e doença fazem parte de universos bastante diferentes, falam de coisas diferentes e de maneiras inteiramente diferentes. Alguém com diabetes controlado ou soropositivo para o HIV pode responder que se sente saudável apesar de ter de fato, uma doença. Por outro lado, um indivíduo em quem não se diagnostica nenhuma doença, pode não ter a vivência da saúde. A alguém que respondesse "sim" à pergunta se estava doente, poderíamos continuar perguntando "mas que tipo de doença você tem?". Entretanto, ao que respondeu "sim" à pergunta se estava saudável, não faz sentido perguntar "mas que tipo de saúde você tem?". Talvez, fosse mais racional perguntar "o que você quer dizer com isso?". Já, perguntar ao "doente" "o que você quer dizer com estar doente, ou estar diabético ou estar com HIV?" é que não faz sentido! O significado de "diabetes" e "HIV" está validado em qualquer discussão sobre o assunto. Isso quer dizer que tem validade intersubjetiva (entre sujeitos). Dito de outro modo, no caso do diabetes, uma "racionalidade de caráter instrumental já deixou claro de antemão para os participantes do diálogo que o conhecimento das regularidades e irregularidades do nível de glicose circulante em nosso sangue fornece elementos para prever e controlar alterações morfofuncionais indesejáveis, com efeitos que vão de sensação de fraqueza até a morte." O lado da saúde, não tem a mesma validação. Existe, portanto, uma assimetria enorme de legitimidade de discursos, favorecendo o que se chamou de discurso casual-controlista da abordagem biomédica que predomina amplamente. Essa predominância é que permite a algumas correntes tachar as atuais práticas de saúde como "desumanizadas" por um lado e, por outro, abre a perspectiva a críticas sobre a cientificidade de determinadas políticas, em especial, às relacionadas à medicinas alternativas, como fez o Cretinas.

É preciso separar os conceitos de êxito técnico e sucesso prático. Êxito técnico refere-se à razão instrumental da ação - por exemplo, se uso um vasodilatador para redução da pressão arterial, consigo diminuir o risco de acidentes cardiovasculares, ponto final. Sucesso prático diz respeito à atribuição de valores e implicações simbólicas, relacionais e materiais do fato de um paciente ser hipertenso. O que significa para esse paciente assumir a identidade de hipertenso? Nas palavras de Ayres, "êxito técnico diz respeito a relações entre meios e fins para o controle do risco ou dos agravos à saúde, delimitados e conhecidos pela biomedicina. O sucesso prático diz respeito ao sentido assumido por meios e fins relativos às ações de saúde frente aos valores e interesses atribuídos ao adoecimento e à atenção à saúde por indivíduos e populações". As relações são objeto da razão instrumental e da ciência médica, já sabemos. Já, as ações de saúde causam efeitos nos indivíduos e os significados desses efeitos - o sentido - são objeto de uma razão prática. É aqui que a coisa se complica. A razão prática é eminentemente ética: se preocupa com os meios para atingir os fins. Digo a um paciente "o Sr. é hipertenso, precisa tomar esse remédio!" Ele poderia responder "Dr., não tenho dinheiro para tomar esse remédio; ou, não quero tomar esse remédio; ou ainda, não sou hipertenso!" Como proceder? Deveria mostrar a esse paciente um artigo dizendo que é melhor ele tomar a medicação? Um êxito técnico não garante o sucesso prático. Cabe discutir se o contrário, o sucesso prático sem sua contrapartida instrumental do êxito técnico, é lícito ou não. Entretanto, só essa discussão já valeria todo o trabalho do post, pois sua simples instauração reconhece que a saúde não é redutível à ciência médica.


Fonte: Ayres, J. (2007). Uma concepção hermenêutica de saúde Physis: Revista de Saúde Coletiva, 17 (1) DOI: 10.1590/S0103-73312007000100004