OS WARS!!!! A guerra dos Sistemas operacionais!

Muito tempo atrás, em uma galáxia tecnológica muito distante Piratas e Jedis se uniram contra um Governo Maligno de três letras. Com o tempo esses Jedis e Piratas foram seduzidos pelo Lado Negro da Força, tornando-se tão poderosos e implacáveis quanto o Governo Maligno que combatiam; fundaram uma República Galactica onde tomavam conta com mão de ferro do destino de bilhões.

Havia facções, algumas até vendiam imagem de Pureza, como os guerreiros da maçã, mas eram igualmente implacáveis em seu coração.

Eles se tornaram um espelho do próprio Governo Galactico que tanto combateram.

Um dia surgiu uma força para desafiá-los. Mas eram apenas bichinhos bonitinhos. Em outra galáxia, seriam Ewoks, na da minha metáfora, eram pinguins.

Por séculos as facções mantiveram a galáxia em relativa harmonia, dominando 90% dos planetas a Facção do Estandarte Azul, com uns 9% os Guerreiros da Maçã, e nas regiões desabitadas da galáxia, os Pinguins.

A situação ficou estável até o dia em que adentrou um novo competidor, disposto a tomar o poder, usando de incríveis poderes mentais Sith, fazendo com que milhões de cidadãos os vissem como Representantes do Bem. Distribuindo presentes, insidiosamente tornando-se parte da vida de seus súditos, até tornarem-se imprescindíveis.

Com todas as peças no tabuleiro, a nova facção fez a jogada final, o xeque-mate: Reconheceu publicamente que quer o lugar da facção do Estandarte Azul. Até então a convivência era se não pacífica, diplomática. Agora, que os novos jogadores disseram com todas as letras "queremos seu lugar", está declarada a Guerra Civil. Quem sobreviverá em uma guerra sem mocinhos? Ninguém sabe.

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PS 1: Férias são boas pra libertar a mente :D
PS 2: Não entendeu a METAFORA CLICA AQUI ou AQUI(português)

IMPREVISIBILIDADE

O jogo MindReader funciona da seguinte maneira:
O computador tentará adivinhar se você vai digitar ZERO(0) ou UM(1). Tente enganar o computador com sequências aleatórias (ou nem tanto). Cada vez que você enganar o computador com uma sequência que ele não tinha previsto, você (a bolinha azul) avança na frente de computador. Se ele prever, ele é que avança. Ganha quem completar na frente a corrida.
Primeiro insira um apelido.
Então comece a digitar 0 ou 1 (aleatoriamente)
-Pressione r se desejar reiniciar o jogo.
-Pressionando s você terá acesso ao que o computador previu, mas não ganhará pontos na jogada se usar o recurso.
-Pressionando h você tem acesso aos recordes.

Jogue em
http://seed.ucsd.edu/~mindreader/

Acho que sou previsível. Em cinco jogadas meu máximo foram 10 pontos. :-/

vi no massa critica

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Judicialização do Direito à Saúde no Brasil

O Brasil é um dos 115 países do mundo no qual o direito à saúde está garantido pela Carta Magna. Isso é bom. Já não tenho tanta certeza quanto à validade das interpretações que estão sendo dadas sobre esse direito constitucional. Foi publicado no Lancet, um comentário de um grupo do Hospital de Clinicas da UFRGS sobre os problemas que o estado vem enfrentando em relação ao número crescente de processos com objetivo de custeio de tratamento pelo erário público estadual.

Se considerarmos que uma parte da saúde, talvez não a mais importante, observariam uns, seja a administração de medicamentos e que há, entre o arsenal terapêutico disponível, alguns medicamentos de alto custo e ainda o fato de que o governo garante o acesso à saúde na constituição, não é muito difícil pensar em contratar um advogado para redigir um recurso e que um juiz sensibilizado dê parecer favorável a que o Estado custeie a medicação ao paciente que dela necessite. Dentro de um estado democrático de direito (como insistem em afirmar velhas vozes ditatoriais!) esse é um procedimento regimental e aceitável. É Direito. Entretanto, os autores do artigo entrevistaram alguns personagens dessa história:

"Our recent interviews indicate conflicting views. Many judges and public defenders working on right-to-health cases feel they are responding to state failures to provide needed drugs, and some judges admit a lack of expertise to make informed decisions consistently. Administrators contend that the judiciary is overstepping its role, although some acknowledge that, because of these legal cases, distribution of several drugs has risen. Patients' associations have a highly contested role. Officials claim that at least some organisations are funded by drug companies eager to sell to the government high-cost drugs."

Como é complicado o mundo do Direito! O artigo tem como referência uma exposição de um dos autores, Paulo Dornelles Picon da Comissão de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, disponível na rede. Os números são impressionantes. O número de ações judiciais por medicamentos parece seguir uma exponencial nos últimos anos. O pior é que alguns desses medicamentos conseguidos por meios judiciais não têm sequer registro na ANVISA, enquanto outros têm sua efdicácia e/ou segurança ainda não justificados por ensaios clínicos bem conduzidos ou reproduzidos em outros contextos.

Um exemplo frequentemente citado é o dos inibidores da COX2. Essa classe de medicamentos foi envolvida em polêmica desde o primeiro estudo que permitiu seu uso clínico. Em um determinado momento em 2002, segundo Picon, havia nos tribunais gaúchos mais de 28 kg da mesma carta solicitando o rofecoxibe para tratamento (sintomático) da artrite reumatóide. No mesmo ano, o PDCT - Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, documento do Ministério da Saúde que regulamenta o uso de medicamentos excepcionais apontava na página 87 que o uso continuado desses medicamentos tinha uma associação ainda não bem elucidada com o infarto do miocárdio, um dos motivos de sua retirada do mercado anos mais tarde.

O artigo conclui que a judicialização do direito a saúde é uma etapa na história do acesso à saúde no Brasil. Isso envolve direitos humanos, políticas de saúde e práticas de mercado, por isso é necessário aumentar a transparência dos processos que envolvem a liberação de medicações de alto custo, porque de fato, existem pessoas que se beneficiam dessa política. Porém, em decorrência do montante de gastos, tais políticas podem prejudicar a aplicação de recursos em medicina preventiva bem como sua racionalização, caso sejam mal empregados.

A questão é o seguinte, temos que ter em mente que o SUS é um sistema de saúde extraordinário, mas é falil. Portanto, realmente o recurso judicial para "aquisição" de medicamentes é válido. Mas, desde que esses medicamentos ja tenham tido testes suficientes e principalmente liberação da ANVISA.

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PS:O poder judiciário deve passar por cima da própria legislação para garantir medicamentos que podem fazer mal??

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Emancipar tem a mesma raiz de mancebo, amancebar. Vem de manus=mão e cippus=segurar. Alguma coisa como segurar a mão, levar pela mão, conduzir. Um mancebo é alguém que lhe conduz pela mão. O "e" na verdade é um "ex" contraído. Tem o sentido de tirar. Emancipar então, seria um libertar-se, ficar independente. Procuro saber o que de meu pensamento é amancebado a outros, o que é independente. Do que depende? Quem me conduz?

Não. Não se fala aqui de originalidade. Falamos da angustia da influência. Quais grandes idéias me influenciaram, por que umas e não outras? Se essa pergunta é feita a um ser humano específico a resposta soa quase como uma "psicanálise". E se essa pergunta é feita a uma área do conhecimento soa como o quê? Por exemplo, quais grandes idéias influenciam a racionalidade das ciências da saúde contemporânea? Por que essas e não outras?

É a completa emancipação possível? Se não, quero saber quem conduz meu pensamento. Eu pergunto a todos: O que faz você pensar assim?

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The Monks - Black Monk Time (1966)

O site Allmusic os considera "uma das histórias mais estranhas das História do Rock", a Wikipedia (inglês) chama atenção fala em "abandono de estruturas comuns ao rock sessentista", o livro "1001 discos para ouvir antes de morrer" os chama de "primeiro álbum punk". Acho que já deu pra perceber o quanto é difícil classificar essa banda, formada por militares americanos servindo em base na Alemanha, que se apresentava vestida de monge...

Black Monk Time, gravado no final de 1965, traz faixas com melodia minimalista e letras dadaístas, com um estranho banjo elétrico fazendo contraponto à guitarra e ao órgão. A primeira faixa traz o vocalista Gary Burger berrando coisas como "Why do you kill all those kids over there in Vietnam? Mad Vietcong! My brother died in Vietnam", e a maluquice segue em outros petardos como "I hate you", "Shut Up" e "Drunken Maria". Sim, você não leu errado, isso foi gravado em 1965!!!!

Não é a toa que a banda tem admiradores confessos como Henry Rollins, Jello Biafra e Beastie Boys. Só ouvindo pra acreditar.

http://www.easy-share.com/1906645076/monks.rar (se possuir senha é: caphooke

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PEDABOBAGEM DO AMOR!

Finalera de semestre, e sempre na ultima semana (re)surge aquela resenha, que a professor(a) deu na primeira semana de aula e a “gente” esquece durante o semestre.

Pois, pesquisando para escrever a dita resenha me deparo com uma excelente entrevista, no jornal da UNICAMP, com Arquilau Moreira Romão, da Faculdade de Educação, que defendeu a tese de doutorado intitulada Filosofia, educação e esclarecimento: os livros de auto-ajuda para educadores e o consumo de produtos semiculturais. "Encontramos coordenadores que iniciam trabalhos de estudos citando tais autores, vemos a utilização dos textos de auto-ajuda em reuniões de estudo, observamos cópias de textos de auto-ajuda pregados em murais de salas de estudo e encontramos professores em cujas mãos estão postos livros de auto-ajuda", contou Romão.

Livros de autoajuda são o que eu chamo de literatura de maisena. Mata a fome, mas não nutre. Deixa a consciência raquítica e a imaginação, atrofiada. Se alguém me aparecer com a "Pedagogia do Amor", eu mando para o Inferno.

Romão analisou o conteúdo dos bestsellers de autoajuda dirigidos a educadores. O que ele conta não chega a ser novidade, mas é uma síntese muito bem articulada que para mim funcionou como catarse. Selecionei alguns trechos. A entrevista na íntegra está aqui.


Todos iguais

"Ao oferecer receitas prontas e apagar a dúvida e a crítica em torno delas, os livros de auto-ajuda vendem ilusões e fantasias. A mais gritante delas está no fato de propor que todos igualmente têm o mesmo poder na nossa sociedade, sociedade esta crivada de injustiças, assimetrias de poder, diferenças entre classes sociais. Também se promove a inversão de atribuir à pessoa a culpa pelo seu não-poder de realização em todos os sentidos. Enfim, se alguém não alcançar o sucesso, é porque não quer ou porque é incompetente para tal.”.
Soluções particulares

"Os professores, como reféns desse tipo de literatura, acreditam que estão consumindo um saber de última geração, que estão tendo acesso a novas metodologias de ensino, quando, na verdade, estão sendo cooptados pelo que existe de mais sucateado pela ideologia neoliberal, ou seja, por uma ideologia que tenta apregoar a abolição das grandes narrativas, do coletivo e das categorias modernas, impondo a superficialidade, o verniz ralo do individualismo e das soluções particulares e da felicidade dos consumismos da atual indústria cultural.”.

Mero repetidor

"Criar a lógica da mesmice e alimentá-la a cada novo produto faz parte da engrenagem da indústria cultural. Nesse contexto, a arte serve apenas para adestrar o gosto e o consumo, reforçando o lucro dos dominadores, mantendo, no fosso da ignorância, um conjunto amorfo e indiferente de homens eufóricos por consumir e trabalhar para acumular dinheiro para, de novo, consumir, desprovidos do fomento à faculdade crítica. Inferimos que o enfraquecimento da consciência crítica e da razão emancipadora transformou o indivíduo em mero repetidor, ventríloquo da indústria que está sempre pronta a produzir novos objetos de semicultura para o consumo instantâneo.”.

Banalizar o mau gosto

"(...) vários deles [dos livros de autoajuda] marcam a chegada de um tempo em que os manuais, os guias e as cartilhas estão em alta. Parece que essas obras regularizam, normatizam e padronizam comportamentos compatíveis com a felicidade, que longe de erigirem sombras de dúvidas, dissipam-nas. O alarde de soluções, para todos os tipos humanos, todos os conflitos derivados de estados civis, todos os temas, todos os problemas etc, parece-nos ser o trunfo desse tipo de literatura; trunfo este municiado pela semiformação e semicultura capazes de banalizar o mau gosto, disseminar obras rasteiras, vender e fazer consumir pílulas de alienação para que os homens continuem a reproduzir seus papéis sociais sem mudança, sem que a chama da transformação das relações seja alimentada."

Não faço faculdade de educação, nem mesmo alguma licenciatura (já iniciei uma, mas estive longe de terminar :P ). Mas, como na área de saúde pública “lidamos” praticamente com educação para adultos, tenho muito medo quando vejo algum profissional da saúde(ou professor mesmo) ostentando em suas pastas livros de autores como Gabriel Chalita, Augusto Cury ou Içami Tiba. Socorro!

Mortes por Gripe Suína

FOTO DO HUSM

Tenho escrito pouco sobre a gripe (^::^)~ suína. Escrevo após a confirmação da primeira morte pelo vírus influenza A H1N1. Longe de estar despreocupado sobre o assunto, escrevo para reafirmar o que venho dizendo há mais de 1 mês. Que a gripe viria de qualquer forma e que mortes, infelizmente, ocorreriam, como ocorrem todos os anos, aliás. Mas, por que essa gripe preocupa então?

A gripe suína é uma zoonose que teria comportamento ainda não definido e portanto, imprevisível. Entretanto, Carlos Frederico D. dos Anjos, ex-diretor do Hospital Emílio Ribas, escreve um artigo na Folha de São Paulo (para assinantes), do qual destaco os seguintes pontos:

"Por outro lado, o perfil clínico e epidemiológico da gripe suína se caracteriza por acometer jovens e com baixa letalidade (em média, 0,4% dos casos). No Brasil, onde mais de 70% dos casos são importados, 85% têm entre 10 e 49 anos, mais de 90% dos quais com quadros clínicos leves e moderados (Sinam/MS). Nos EUA, só 9% dos casos requereram hospitalização, 41% destes portadores de doenças crônicas (NEJM, 2009)".

"Chamo a atenção para o fato de que mesmo os casos mais graves são similares a pessoas infectadas com outros vírus de origem suína ou influenza sazonal, cuja morbimortalidade associada resulta de complicações secundárias, como pneumonia viral e bacteriana secundária ou como exacerbação de doença crônica."


Conclusão:
1. Essa gripe preocupa porque é de um vírus diferente, ainda não o conhecemos totalmente. Acomete pessoas mais jovens. Tem baixa letalidade. Apenas 9% necessitaram hospitalização nos EUA, metade com doenças crônicas. Parece estar se comportando como uma gripe comum.
2. Atualmente, é indistinguível de um caso de gripe sazonal, inclusive na gravidade.


É isso.

Teoria dos Jogos e o 'jeitinho'

Neste fim de semana, passei o Domingo inteiro no Credenciamento de Delegados para o 51º CONUNE(Congresso Nacional da UNE) que ocorreu em POA/RS no Quindão da UFRGS. Lá as Atas de eleições e toda a documentação necessária para o credenciamento, era analisada por diversos DCE's e demais "forças" que compõem a UNE.

Explicarei como se da o processo de retirada de delegados para,então, chegar ao meu ponto de interrogação.

A tiragem de delegados se dá por eleição direta, com voto em urna, em cada universidade do Brasil. A cada 1000 alunos a universidade tem direito a mandar 1 delegado. Para validar a eleição no minino 5 % dos alunos da instituição tem que votar, caso contrario a eleição é anulada e uma nova eleição tem que ser feita.

O processo eleitoral na UFSM correu no máximo de transparencia e legitimidade( ocorreram alguns problemas, mas nada que afetasse a lisura do processo). Portanto, por lógica achei que seriam poucos os casos problemáticos que seriam analisados no dito credenciamento.

Você certamente já adivinhou o que aconteceu: não foram poucos os casos problematicos, atas duvidosas; quoruns mais duvidosas ainda, e alguns casos duvidas se realmente a eleição ocorreu.

O que me pôs para pensar nos processos eleitorais legítimos que ocorreram no estado inteiro, .gente que se mobilizou, se esforçou, e fez um processo limpo. As pessoas que "tocaram" tais processos limpos se vissem aquilo, iriam se achar os maiores trouxas da galáxia( eu particularmente, estou me sentindo um inocente trouxa até agora).

Chegamos agora na minha interrogação. Em termos de teoria dos jogos, essa é a situação clássica onde uma quebra na cooperação entre os jogadores segue sem punição, de forma que quem se esforçou para jogar direito fica com o ônus do esforço empenhado, mas não colhe bónus nenhum.

Simulações matemáticas (e experimentos e a história) mostram que quando "aproveitadores" rotineiros seguem impunes, os cooperadores ou desistem de fazer as coisas direito ou são extintos da população, até que a coletividade chegue a 100% de aproveitadores (quando tudo, obviamente, desmorona).

(Qualquer semelhança com o que esta acontecendo na UNE é mera coincidência, a saída maçiva de executivas de cursos, e criações de entidades paralelas nada tem a ver com isso. :P.).

Filosofando um pouco, parece-me que a tolerância com o aproveitador é parte do fenômeno conhecido genericamente como "jeitinho brasileiro".

Percebo que este é o ponto, neste tipo de texto, onde o autor começa a esbravejar pedindo pena de morte para quem cospe na rua. Não vou fazer isso, mas propor uma reflexão sobre um fenômeno cultural brasileiro( e quem sabe internacional) interessante: a tendência de inverter o "ônus da inconveniência". Ou: parece que entre nós o chato é quem insiste para que as normas sociais sejam observadas, não quem abusa do tempo e da paciência de quem tenta agir direito. Por que será?

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