ABES, MICROSOFT e COMPUTADOR PARA TODOS!



Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) divilgou esta semana o resultado de um estudo da Ipsos Public Affairs sobre o programa "Computador Para Todos" que apontaria "indícios de pirataria" como conseqüência do projeto governamental. A Abes quer usar os números da pesquisa como argumento para convencer o Governo a repensar o programa, mas é tudo uma questão de ponto de vista.

Segundo o estudo, 47% dos compradores dos "PC's populares" movidos a Linux trocaram o sistema operacional sem pagar - os tais "indícios de pirataria".

Isso depende do ponto de vista, pois no estudo é apontado como "indicio de pirataria" toda a troca de software que não tenha sido paga no minimo 400 reais ( que é o prelo da licença do windows xp nova). E como há outras maneiras de se conseguir licenças do windows xp já põe em dúvida a veracidade da pesquisa.

Uma outra maneira de se comprar licença do windows é no mercado livre, onde você entra licenças legais pela metade do "preço de mercado"(R$80 win98, R$200 winxp), só nesse caso, segundo a pesquisa já e indicio de pirataria. Você gastaria no máximo R$250(200 a licença e 50 pro técnico instalar) não chegando nem perto do valor estipulado pela ABES no estudo.

A declaração do Presidente da ABES Jorge Sukarie: "A ABES, em diversas oportunidades, já havia se manifestado no sentido de que a oferta de uma solução única, cerceando a liberdade de escolha do sistema operacional por parte do usuário do programa "Computador para Todos", acabaria induzindo e estimulando o consumidor ao grave crime de pirataria de software...", é mais do que tendênciosa e maldosa. Pois, antes de presidir a ABES, SUKARIE, presidiu a BRASOFT, a qual fez na PÁGINA da microsoft uma declaração de amor a ela. BONS TEMPOS DO MONOPOLIO.

Só o fato do governo conseguir colocar um pc por um preço mais baixo no mercado para a população de baixa renda já é digno de aplauso. Conseguindo isso e ainda ajudanda a diminuir o monopólio da microsoft deve ser aplaudido de PÉ.


Mais Controle Governamental na Internet????


Na próxima quarta-feira, um projeto de lei que obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, será votado no SENADO.
A pena para o usuário que não se identificar será de 2 a 4 anos de Reclusão. Os provedores ficariam responsáveis pela veracidade dos dados cadastrais dos usuários e seriam sujeitos à mesma pena (reclusão de dois a quatro anos) se permitissem o acesso de usuários não-cadastrados.


Claro, que bancos e instituições financeiras aprovam essa ideia absurda. Eles justificam que é para tornara a rede mais segura. Mas, na minha opnião e na opnião de vários especialistas(inclusive os provedores) é tentativa de terminar com a relativa liberdade existente na rede.

O relator do projeto é o senador Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas Gerais. Os especialistas do setor dizem que o mentor das mudanças é o assessor de Azeredo José Henrique Portugal, ex-dirigente do Serpro, estatal federal de processamento de dados.

O que realmente está escondido por trás desse projeto é mais um Lobby(segundo uns amigos é loucura de historiador fracassado que sempre vê problemas nas coisas) das empresas de certificação digital, espécie de cartórios virtuais, que atestam a veracidade de informações veiculadas pela internet. Como sempre interesses de gigantes internacionais, em países atrasados onde a INFORMATICA é uma "novidade" que não se da a devida atenção.
Imaginem o quanto essas empresas vão faturar com a identificação de 20 milhões de internautas brasileiros sem contar que o numero de internautas no brasil cresce em média de 10 a 15 % ano.
Eu tambem vou criara uma empresa de certificação digital.

Para não dizerem que é tudo loucura da minha cabeça vou dar outros motivos para não implementação dessa lei pifea.
Pense comigo, a internet é uma rede internacional, ou seja o poder do legislativo brasileiro se restringe ao nosso território, pois bem, o usuário mal intencionado, pode muito bem se conectar atraves de um servidor em outro país, onde a lei brasileira perde jurisdição.
E ainda, ela pode agravar a situação de crime na internet, os malintencionados, podem clonar documentos, ou criar laranjas para acessar a internet e cometer crimes.
O projeto vai burocratizar o uso da rede e que já é possível identificar os autores de cibercrimes, a partir do registro do IP (protocolo internet) utilizado pelos usuários quando fazem uma conexão. O número IP é uma espécie de "digital" deixada pelos internautas. A partir dele, chega-se ao computador e, por conseguinte, pode-se chegar a um possível criminoso.

Dados todos meus argumentos espero que esse projeto seja bem analisado no senado, para não sermos mais uma vez explorados por empresas internacionais e que o precesso de "inclusão digital" ou de democratização da internet tenha continuidade esperada nesse governo.