Crazy Heart é daqueles filmes que a principio não chamam muito a atenção do grande público. Pois a história de um homem derrotado pela própria vida e com um final relativamente infeliz o torna menos tragável para a maior parte do público, que espera aquela história hollywoodiana já tanto batida(AVATAR, OI!).

O Velho BAD BLAKE se sente em fim de carreira, derrotado, falido, sem rumo e sem controle. Esta a muito tempo no piloto automático e andando pelo interior dos Estados Unidos tocando para um público pequeno e variado, tão antigo quanto ele próprio. Mais que isso, ele convive com vícios dos quais ele não querer se livrar.


Sem dinheiro, “quebrado”, alcoólatra e sem compor a muito tempo, Bad Blake vive “em fase terminal”. Até que ele se encontra com a jornalista Jean Craddock, e sua vida ganha uma nova trajetória.



Essencialmente o filme é um retrato o quanto efêmera e quase conseqüentemente injusta é a fama. A história também retrata da redenção do homem com o próprio passado(o que por si só geralmente já rende um bom filme). E o pano de fundo da historia também não deixa nada a desejar, é de como os músicos da velha guarda(praticamente todos falidos) são explorados pelos novos “ídolos” da música. O plano de fundo é no mínimo polêmico, mas muito bom para nos refletirmos que tipo de música estamos consumindo.
Crazy Heart é um filme sensível, cheio de emoção e com atuações impressionantes. Sem preocupação nenhuma, por parte de seus realizadores, em agradar o grande público é o que torna esse filme uma obra digna de representar a sétima arte. Algo bem diferente de AVATAR, que se mostra apenas com o único fim de fazer lucro.


OBS: (SPOILER) O filme não se esforça em encontrar um final feliz aos moldes padrão. E Os personagens principais mesmo que se amem não necessariamente tem que ficar juntos no final da história ou receber o perdão do filho antigamente rejeitado. Buscando a legitimidade da vida real, o diretor e roteirista mostra que um final feliz pode existir com o esforço quase extrahumano de um homem em renascer das cinzas. Ao se recriar, Bad Blake demonstra que a felicidade não reside na dependência que um indivíduo pode criar em relação a outro, mas na capacidade em exercer plenamente suas virtudes.